JM-Madeira
Madeira concretiza 90% das medidas de luta contra alterações climáticas
O Governo da Madeira definiu, em 2015, uma estratégia para minimizar os impactos das alterações climáticas e mais de 90% das medidas delineadas “estão a ser concretizadasâ€, disse hoje a secretária do Ambiente e Recursos Naturais. “Cientes da...
O Governo da Madeira definiu, em 2015, uma estratégia para minimizar os impactos das alterações climáticas e mais de 90% das medidas delineadas “estão a ser concretizadasâ€, disse hoje a secretária do Ambiente e Recursos Naturais.
“Cientes da necessidade de passar das palavras à ação, o Governo Regional aprovou, em 2015, uma estratégia adequada à s especificidades da regiãoâ€, afirmou Susana Prada no debate potestativo requerido pelo CDS-PP intitulado “Impacto das alterações climáticas na região, a sustentabilidade do seu ecossistema, a biodiversidade, a ecologia, o ambiente, a paisagem e o marâ€.
Susana Prada apontou que, na estratégia do executivo madeirense, “foram avaliados os impactos e definidas medidas de adaptação, das quais mais de 90% estão a ser concretizadas.
“Mais do que paixões conjunturais, ou preocupações decorrentes do calendário polÃtico, o Governo Regional está bem ciente deste cenário e dos impactos socioeconómicos e ambientais profundos que poderão afetar a Madeiraâ€, destacou.
A responsável governamental madeirense sustentou que o Governo Regional “tem encarado a gestão racional dos recursos hÃdricos como uma das suas grandes bandeirasâ€, tendo investido 73 milhões de euros para combater as perdas de água nos cinco municÃpios aderentes à Ãgua e ResÃduos da Madeira (ARM), nomeadamente Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Porto Santo, Santana, Machico.
Contudo, alertou que o executivo só tem competência para intervir em 29% das perdas de água, sendo o restante da responsabilidades dos municÃpios do Funchal (51%), Santa Cruz (16%) e Ponta do Sol (4%).
Também enunciou, entre as medidas adotadas, a recuperação de 100 quilómetros de canais e outras infraestruturas para armazenamento de 40 mil metros cúbicos de água.
A aposta numa polÃtica de prevenção e vigilância, visando a diminuição do risco de incêndios foi outra medida que realçou, considerando que “nunca, como agora, foi limpa tanta área florestal†na região.
Também promoveu a criação de uma floresta mais resiliente e de uma faixa corta-fogo, reativação de torres de vigilância, utilização de drones, câmaras térmicas, vigilância noturna para um combate mais eficaz de focos.
Susana Prada mencionou ainda que o executivo insular aumentou as áreas protegidas no arquipélago, destacando que “65% da área terrestres do arquipélago da Madeira e 75% do mar territorial, possuem algum estatuto de proteçãoâ€.
“A Madeira está a fazer o seu trabalhoâ€, enfatizou, enunciando que a região tem vindo a desenvolver os planos regionais de Ordenamento Florestal e Gestão Florestal, Gestão de Região Hidrográfica e os programas de Orla Costeira e de ordenamento do território.
A governante insular anunciou que “o Plano da Orla Costeira do Porto Santo e o Plano para o Ordenamento do Território na Região Autónoma da Madeira (Protram) estão prontos para ir a consulta públicaâ€, entendendo o executivo madeirense que, sendo “documentos estratégicosâ€, tal não deve acontecer “quando a maioria dos madeirenses está de fériasâ€.
“O Protram vai ser aprovado este anoâ€, assegurou.
No domÃnio da energia, indicou que a Madeira tem como objetivo “atingir em 2050, os 100% de produção elétrica a partir de fontes renováveisâ€, correspondendo atualmente 30% da eletricidade produzida na ilha da Madeira.
“Ficou bem claro a proatividade e empenho deste Governo Regional†na área do ambiente, que delineou medidas que “não resultam de polÃticas eleitoralistasâ€, considerou, concluindo que “há ainda um longo caminho a percorrer†que é um “desÃgnio de todosâ€.