Brexit: Saiba quais os cenários possíveis após a intervenção do Supremo Tribunal
Brexit: Saiba quais os cenários possíveis após a intervenção do Supremo Tribunal
O Supremo Tribunal britânico adicionou hoje um novo capítulo à saga do ‘Brexit' ao considerar "ilegal" a decisão do primeiro-ministro, Boris Johnson, de suspender o parlamento, desencadeando apelos à sua demissão. Estes são alguns dos cenários...
O Supremo Tribunal britânico adicionou hoje um novo capítulo à saga do ‘Brexit' ao considerar "ilegal" a decisão do primeiro-ministro, Boris Johnson, de suspender o parlamento, desencadeando apelos à sua demissão.
Estes são alguns dos cenários possíveis para o futuro:
+++ Boris Johnson demite-se +++
Imediatamente após a decisão do Supremo Tribunal, os diferentes partidos da oposição defenderam a demissão do primeiro-ministro.
Boris Johnson chegou ao poder em julho e pretende manter-se em funções para concretizar a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) em 31 de outubro, conforme prometeu. Apesar de ter perdido a maioria no Parlamento, continua popular junto do eleitorado que votou a favor do ‘Brexit' em junho de 2016, com 52% dos votos. Mas mesmo uma demissão não desencadearia automaticamente eleições legislativas.
+++ Novo adiamento +++
Originalmente agendado para 29 de março de 2019, o ‘Brexit' já foi adiado duas vezes devido à falta de um consenso da Câmara dos Comuns sobre os termos do divórcio.
Uma lei aprovada em 10 de setembro pelos deputados obriga Boris Johnson a pedir à UE um adiamento de três meses do Brexit, para 31 de janeiro, se não conseguir negociar um acordo. Mas o primeiro-ministro tem reiterado que não o pretende fazer, sem explicar como pretende ignorar a lei. O adiamento também requer a aprovação dos restantes 27 estados membros da UE.
+++ Eleições antecipadas +++
Perante a crise política no país, eleições antecipadas parecem inevitáveis nas próximas semanas ou meses, e todos os partidos políticos estão a preparar-se ativamente.
A oposição trabalhista decidiu, na segunda-feira durante o congresso em Brighton, que realizaria um segundo referendo no caso de vitória, com a escolha entre um novo acordo de saída negociado com Bruxelas ou a opção de permanecer na UE. Os Liberais Democratas vão fazer campanha pela revogação do ?Brexit'. Para Boris Johnson, estas eleições são importantes porque perdeu a maioria no Parlamento.
+++ ‘Brexit' sem acordo +++
As negociações entre Londres e Bruxelas podem acabar sem um entendimento, os 27 podem recusar um novo adiamento, ou Boris Johnson pode ser reeleito e forçar uma saída sem acordo.
Uma saída sem acordo é particularmente receada pelos círculos económicos, que receiam uma desvalorização da libra, uma queda nas exportações, um aumento da inflação ou mesmo uma recessão devido à imposição de tarifas aduaneiras e o risco de escassez de alimentos, combustível e medicamentos.
O governo de Boris Johnson está a fazer preparativos para este cenário, tendo prometido milhões de libras para ajudar a amortecer o choque.
+++ ‘Brexit' com acordo +++
Londres e Bruxelas podem chegar a um acordo sobre a questão crucial do ‘backstop', o mecanismo destinado a impedir o regresso de uma fronteira física na ilha da Irlanda entre a província britânica do Norte e o vizinho do sul, que se mantém membro da UE.
Porém, Michel Barnier, negociador da UE para o ‘Brexit', afirmou na segunda-feira em Berlim que será "difícil" chegar a um acordo com o Reino Unido durante o Conselho Europeu de 17 e 18 de outubro, apesar das novas propostas feitas por Londres.
+++ Inversão do ‘Brexit' +++
A oposição trabalhista liderada por Jeremy Corbyn ganha as eleições legislativas e, com o apoio do Partido Liberal Democrata (centro) liberal e dos nacionalistas escoceses, e realiza um segundo referendo sobre o Brexit.
O não à saída da UE ganha, revertendo o resultado do referendo de 2016.
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