Bayer vai pagar 87 milhões de dólares por cancro causado pelo glifosato
Bayer vai pagar 87 milhões de dólares por cancro causado pelo glifosato
Uma juíza federal de Oakland, no Estado norte-americano da Califórnia, decidiu reduzir de 2,055 mil milhões para 87 milhões de dólares a indemnização que a Bayer, proprietária da Monsanto, terá de pagar a um casal de idosos. A decisão foi tomada...
Uma juíza federal de Oakland, no Estado norte-americano da Califórnia, decidiu reduzir de 2,055 mil milhões para 87 milhões de dólares a indemnização que a Bayer, proprietária da Monsanto, terá de pagar a um casal de idosos.
A decisão foi tomada na sexta-feira e é relativa a uma indemnização devida por cancro causado por um herbicida à base de glifosato.
Esta foi a terceira ocasião em que um magistrado reduziu de forma significativa o montante previamente estipulado por um tribunal nos vários litígios contra a empresa, protagonizados por pessoas com cancro que atribuem a doença ao herbicida Roundup, da Monsanto.
Na sua decisão, a juíza Winifred Smith, do Supremo Tribunal da Califórnia, em Oakland, considerou “excessivos e inconstitucionais” os mil milhões de dólares (898 milhões de euros) atribuídos a cada um dos idosos, que o júri determinou que a Bayer devia pagar como “castigo exemplar” e reduziu-os para 70 milhões para os dois.
A juíza considerou ainda que os 55 milhões de dólares adicionais com que o júri tinha castigado a empresa, como compensação por faturas médicas e sofrimento, tanto passado como futuro, eram excessivos e reduziu-os a 17 milhões.
No total, o casal formado por Alva e Alberta Pilliod vai receber 87 milhões por parte da empresa alemã, que adquiriu a norte-americana Monsanto no ano passado por 63 milhões de dólares, em vez dos 2,055 mil milhões inicialmente determinados pelo júri.
A Alva Pilliod, de 76 anos, foi diagnosticado um linfoma em 2011, enquanto à sua esposa, Alberta, de 74, foi em 2015.
O casal usou o herbicida Roundup, da Monsanto, durante cerca de 30 anos no jardim da sua casa em Livermore, no Estado da Califórnia.
Apesar de ter reduzido o montante da indemnização, a magistrada considerou justificada a sua base, ao assegurar que as provas apresentadas demonstraram que o herbicida Roundup foi um “fator substancial” no desenvolvimento dos dois linfomas, tal como havia determinado o júri.
Mal foi conhecida a decisão do júri, em maio último, a empresa alemã adiantou que ia recorrer da sentença, uma vez, na sua opinião, “não há provas científicas para concluir que o herbicida de glifosato foi o fator determinante” para o aparecimento dos cancros.
A primeira condenação da Bayer/Monsanto por este caso ocorreu em agosto de 2018, quando um júri em San Francisco decidiu que a empresa deveria pagar 289 milhões de dólares a um jardineiro, reduzidos posteriormente por um juiz para 89 milhões.
Em março deste ano, outro júri condenou a empresa a compensar um habitante de Sonoma, na Califórnia, em 80 milhões de dólares, que em julho foram revistos em baixa para 25,2 milhões.
No total, estimam-se que cerca de 13.400 pessoas tenham processado ou integrem grupos que processaram a empresa alemã nos EUA por causa do Roundup.
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